Outono Curitibano
* por Camila Barp
A chegada do outono me inspirou a escrever sobre montanhas (pela excelente época para caminhadas), porém, na última hora mudei de idéia e resolvi falar sobre o que mais tem me ocupado o tempo nestes belos (e frios) dias de outono em Curitiba.
Após conhecer Berlim no inverno rigorosíssimo do ano passado, com dias de neve intensa e um frio que eu não conhecia até então, decidi assumir que o inverno de Curitiba é frio sim, mas nem tanto. E se, mesmo nesses dias congelantes de Berlim, vi bikes pelas ruas e pessoas vivendo normalmente suas rotinas, algo deveria ser mudado na minha atitude aqui, onde vivo. É cultural reclamarmos do frio curitibano, mas se moramos aqui, acredito que há um potencial de escolhermos como queremos viver aqui, e no frio.
A primeira mudança veio na mobilidade. Algo que possa aquecer enquanto me movimento diariamente. A bicicleta se mostrou uma excelente opção. Além de mudar a rotina, proporciona novas maneiras de ver e viver nossa cidade, e, por tabela, aquece o corpo (e tenho constatado que a alma também).
Depois, aproveitar os belos dias azuis que temos nessa época para descobrir parques e ciclovias da cidade, aproveitando para estender uma canga, ler um livro, ou chamar os amigos para uma roda de conversa ao sol. O pôr-do-sol do Jardim Botânico e o gramado atrás do MON (Museu Oscar Niemeyer) são boas opções. O bosque de Araucárias dentro do Bosque do Papa, é uma surpresa dentro da cidade. Se estiver de bicicleta, o trajeto da ciclovia que liga o passeio público, bosque do papa e parque São Lourenço revela uma Curitiba verde e pacata, com ares de passado.
Para descansar a mente e colocar o papo em dia, um café (Lucca, Hacienda, Quintana) ou chocolateria (Cuore di Cacau e Passion du Chocolat) é um convite para os fins de tarde. Na sequencia, esticar para um cinema, teatro ou exposição – sempre ótimas no MON e no Solar do Barão.
As feiras gastronômicas com comidinhas típicas são praticamente irresistíveis, assim como juntar os amigos e fazer uma roda de pinhão e quentão. Ou ainda, reinventar-se na cozinha e provar novas receitas de sopas, pizzas e quitutes que aqueçam nossos paladares.
As festas juninas que começam agora são também ótimas opções para espantar o frio. Ou ao menos, fazê-lo parecer mais acolhedor.
Fica o convite.
Para finalizar com gosto da nossa cidade deixo uma reflexão do curitibano Paulo Leminski;
“Nada se leva. A não ser a vida levada que a gente leva.”
Que saibamos conduzí-la na abundância que nos é proporcionada.
* e para quem gosta de uma aventura diferente – acompanhado de especialistas nas atividades – , recomendo:
– 23 a 26/Junho/2011 – Pedal ilhas Lagamar (Ilha do Mel, Ilha das Peças, Superagui e Ilha do Cardoso)
– 16 e 17/Julho/2011 – Expedição do Pico Paraná.
Mais informações: www.gondwanabrasil.com.br
Cami, teu texto é “VIDA” . Lindo
junho 8, 2011 às 6:05 pm
Adorei! Curitiba realmente é uma delícia e imagino que de bicicleta seja mais gostoso ainda. Bjs querida
junho 8, 2011 às 6:13 pm
Com certeza. De bicicleta é sempre mais gostoso! 😉 Beijos.
agosto 5, 2011 às 3:11 pm