Londres 2012 – as Olimpíadas das redes sociais

Por Augusto Antunes

Os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, representaram, mais uma vez, aquilo que o esporte realmente deve ser: superação de limites, amor ao que se faz e respeito às diferenças – de idade, raça ou sexo. Um evento esportivo é, sem dúvida, o cenário ideal para a celebração do ser humano e de suas magníficas capacidades físicas e intelectuais.

Entretanto, nesta edição surgiu algo a mais para intensificar a experiência, independentemente da localização ou do objetivo: o uso oficial das redes sociais como meio de comunicação. Pela primeira vez em uma edição de jogos olímpicos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) permitiu aos atletas e a todos que portassem credencial oficial do evento, o uso de redes sociais como o Twitter, o Facebook ou o Youtube. Com a permissão, o COI quis, entre outros motivos, que os atletas, dentro de limites e regras estipulados, ficassem ainda mais próximos dos espectadores das Olimpíadas e de seus fãs.

Outro objetivo das redes sociais durante o evento foi seu uso por parte da organização para fazer comunicados relacionados ao evento. Para isso, o Twitter foi a ferramenta escolhida. Por meio dele eram feitos anúncios relacionados ao uso de transportes públicos em Londres; à proibição e restrição de objetos dentro das dependências físicas oficiais do evento; ou a simples comunicação de resultados das provas que iam sendo disputadas. O Twitter chegou inclusive a ser utilizado pela organização para colorir a roda gigante London Eye: de acordo com o teor positivo, negativo ou neutro dos comentários feitos pelos usuários dessa rede social, a London Eye apresentava cores diferentes que mudavam em tempo real.

Além de ter sido utilizado em grande escala pela organização, este microblog também foi um dos principais canais adotados pelos usuários de mídias sociais no que diz respeito à manifestação de opiniões sobre os mais diversos assuntos relacionados às Olimpíadas. No Twitter, as pessoas se manifestavam positivamente ou negativamente sobre alimentação, transporte público, segurança nos locais oficiais do evento e apoio aos atletas, fato este evidenciado, por exemplo, pelo número recorde de tweets quando ocorreu a final dos 100 metros rasos em que Usain Bolt tornou-se bi-campeão olímpico.

Mais uma vez, verifica-se que as mídias sociais vieram para ficar. Em relação ao turismo, as contribuições feitas pelos usuários podem permitir, por exemplo, a construção de produtos e serviços turísticos cada vez mais de acordo com as suas necessidades de consumo. Mas não se esqueça: para cada rede ou mídia social existe um objetivo específico de uso. Escolha a(s) sua(s) e invista cada vez mais em estabelecer relacionamentos com seus seguidores ou consumidores.

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