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Final de Semana na Ilha do Mel

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Imaginar uma Ilha com praias belíssimas, trilhas, natureza exuberante e preservada, tranquilidade de caminhos percorridos apenas a pé (carros não são permitidos), silêncio e muita harmonia com a natureza, nos leva a pensar em algum destino no nordeste. De fato, há, por lá, muitas Ilhas com estas características, mas aqui me refiro a um lugar um pouco mais próximo, mais perto, do lado de Curitiba. Ilha do Mel.

A Ilha já ganhou reconhecimento internacional e está muito bem preparada para receber turistas de variados perfis (jovens, casais, famílias). Para chegar até lá, podemos sair de Morretes a bordo do cênico passeio de trem que liga Curitiba a Morretes (o famoso trem Serra Verde Express). Ou chegar em Morretes e ir diretamente de barco rápido até a Ilha a partir de Morretes mesmo, ou ainda ir de carro/van até Paranaguá (1h30 de travessia) ou Pontal do Sul (30min de travessia) para pegar as barcas regulares que fazem a travessia. O trajeto de barco já é um passeio em si. Navegar pela Baía de Paranaguá, em meio ao cenário que nos envolve de montanhas da serra do mar contrastando com as àguas calmas da Baía, também vale o passeio. Isso que nem chegamos ainda ao destino final, a Ilha do Mel.

São duas as comunidades principais da Ilha: Brasília e Encantadas (igualmente belas). Talvez a diferença que mais chame a atenção é que Encantadas ainda conserva a maior parte dos nativos, enquanto Brasília é mais turística. Do lado de Brasília está a Fortaleza e o Farol das Conchas, do lado de Encantadas; a Gruta das Encantadas. Em ambas encontraremos praias de àguas claras, manguezais, areia fina e branca, tranquilidade, silêncio e belíssimos cenários.

Como carros não são permitidos, tudo deve ser feito a pé ou de bicicleta. Os passeios mais comuns são: visita a Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres (1h de caminhada de Brasília), pôr do sol no Farol das Conchas (de onde se pode observar a Ilha das Peças e o Parque Nacional de Superagui), e também a caminhada ou passeio de barco até Encantadas (para os que ficam em Brasília).

Outro passeio belíssimo, é ir de barco até a Ilha das Peças, aonde observamos os golfinhos a bordo de canoas de remo – chamadas também de canoa de um pau só – confeccionadas artesanalmente pela própria comunidade de pescadores da Ilha. Uma experiência inesquecível.

Charmosas e confortáveis pousadas (Treze Luas, Grajagan, Das Meninas e Enseada das Conchas) garantem um excelente café da manhã para começar e um bom descanso no final do dia. A dica para a noite é olhar para o céu estrelado que a Ilha oferece e lembrar que a simplicidade dos pequenos momentos carrega um poder imenso de alegria e felicidade.

Quer ir? A Gondwana tem saída confirmada dias 4 e 5 de Agosto. Veja aqui mais detalhes.


Viagens para amar

por Camila Barp*

Junho. Mês dos namorados. Começo do inverno. Época de viajar para fugir do frio, ou para chegar mais perto dele – se for para desfrutar com conforto e qualidade. Caminhadas, lareira, comidinhas deliciosas, pousadas charmosas e passeios românticos.

Junho antecede a altíssima temporada de julho e é uma excelente época para curtir o inverno sem muitos turistas por perto. Separei aqui alguns lugares e pousadas bacanas para essa época do ano.  São dicas para curtir o inverno de maneira especial.

Começo por Morretes, a opção mais próxima a Curitiba. A pequena cidade está ao pé da serra do mar e tem clima bem mais ameno no inverno (média de 2 a 3 graus a mais que a capital). Além de paisagens naturais belísimas (60% do município é Área de Preservação Ambiental), Morretes conserva construções históricas interessantes que resgatam a história da colonização do Paraná.

A viagem para chegar a Morretes – pela estrada da Graciosa – em si, já é um passeio e um atrativo. São 40km em meio à Serra do Mar, mirantes e lanchonetes com produtos típicos (os de banana são os mais famosos). Em dias mais claros, é possível ainda, visualizar a Baía de Guaraqueçaba.

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O prato típico é o Barreado, – ideal para o inverno – encontrado em diversos restaurantes. O Restaurante Villa Morretes tem um ambiente aconchegante e está ao lado do Rio Nhundiaquara. Para hospedagem, recomendo a charmosa Pousada Hakuna Matata, que funciona num antigo haras, com quartos amplos, alguns com lareira interna e ofurô na varanda. Outra opção é a Pousada Maktub, ao lado do Rio Nhundiaquara. A Maktub oferece chalés, piscina e trilhas em meio ao silêncio da mata atlântica. Durante o café da manhã, pássaros vem fazer companhia e colorir a paisagem – o inverno é a melhor época para observar pássaros e Morretes é abundante nesse aspecto.

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A Pousada Graciosa é outra dica de hospedagem. O casal (brasileira + americano), dono do local faz questão de tornar o ambiente super familiar e agradável. Ele produz cervejas artesanais e faz pizzas na própria pousada durante a noite. Detalhe: a Graciosa só oferece chalés com camas de casal – o que garante o clima romântico.

Para quem fica o final de semana, o dia seguinte pode ser de descanso, ou, para os mais animados, de atividades (não faltam opções de passeios em Morretes: caminhadas, bike, caiaque) ou ainda de visita à charmosa vizinha Antonina, com seu casario histórico bem preservado e uma belíssima vista da Baía de Antonina. Se optar por esta última atividade, a parada no Restaurante Casa Verde é obrigatória. O casal que toca o lugar serve de inspiração. Após peregrinarem pelo Caminho de Compostela, escolheram Antonina para viver e para deliciar seus visitantes com uma gastronomia diferenciada, com conceito de culinária Slow Food.

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A Gondwana tem roteiros especiais para esse momento. Clique no link .

Aguarde dicas da Ilha do Mel e outros destinos do sul do Brasil.

Boa viagem e bom inverno!

* que têm amado e viajado.


Entrevista com Fernanda Nicz.

Entrevistamos uma das escritoras do blog, a Fernanda Nicz. Ela nos contou um pouco sobre sua vida, suas inspirações e os lugares aonde ela já esteve ou deseja estar! Confira mais na entrevista abaixo:

1. Há quanto tempo você escreve?

Desde pequena. Na escola adorava aula de redação e escrevi em diários até perto dos 20 anos de idade. Depois, comecei a escrever poesias e crônicas – este, o estilo que mais me atrai. Gosto da forma e do conteúdo dos escritores Rubem Alves e Rainer Maria Rilke. Acredito que a leitura diária ajuda muito quem gosta de escrever. Leitura é fundamental, é uma das escolas do bom escritor.

2. O que mais te inspira na hora da elaboração dos textos?

Principalmente três coisas; minha experiência de vida, meu momento atual ou algo que me chamou atenção em alguma leitura recente. Normalmente, procuro o tema e as idéias que mais estão borbulhando em minha mente no momento. A partir daí recorro também a idéias e argumentos de escritores que admiro. É importante para um bom – e rico – texto, que ele não fique na superfície. Profundidade, embasamento e criatividade são características fundamentais de um texto atrativo e cativante. Outro fator importante é conseguir despertar, no leitor, identificação com o conteúdo do texto.

3. Qual o melhor lugar para qual já viajou?

Sou apaixonada pelo continente europeu. Quero passar a vida desvendando-o. Não apenas as grandes cidades e capitais, mas, principalmente, as pequenas cidades, os vilarejos, lugares pouco conhecidos. Até aqui, tenho alguns cantinhos preferidos por onde já estive: Praga (República Tcheca) e Verona e Cinqueterre, na Itália.

4. Por que escolheu São Paulo para viver?

Escolhi viver em São Paulo porque é a cidade que mais combina com meu momento atual. Já morei no Rio de Janeiro, aqui (em sampa mesmo), Curitiba, Inglaterra e Estados Unidos. Tenho muitos bons amigos por aqui e acredito que a cidade oferece muitas oportunidades na minha área – cinema e jornalismo. Mas também não pretendo morar aqui e em nenhum outro lugar do mundo por muito tempo. Meu projeto de vida é viver um tempo em cada lugar que admiro no mundo. Viajar, escrever, fotografar e aprender línguas.

5. Qual tua maior paixão?

São duas; viajar e escrever.

6. Qual é o seu envolvimento com a Gondwana?

Além de conviver com prima e amigas que comandam a Gond, reviso todos os textos e produzo crônicas para o blog – o que é um prazer para mim. Acredito na proposta e nos valores da empresa, estamos juntas!

7. Como se vê no futuro?

Em cidades medievais, praias, vilarejos… Escrevendo, fotografando, lendo. Quando fiz meu mapa astral me foi dito que eu passaria mais da metade da vida como eremita, “andarilha espiritual”. A idéia é publicar livros, passar minhas idéias à frente. Acredito que, além do prazer que tenho viajando e escrevendo, posso – e devo – contribuir com a humanidade. Porque estamos aqui para isso também; evoluir e contribuir com o todo.


Dê vida a este blog, comente!

Rob Gordon do Blog Championship Vivyl lançou uma campanha super legal chamada: Dê vida a este blog, comente! 

Um dos trechos do texto do Rob fala:

“Sim, a grande questão aqui são os comentários. Eles fazem a diferença no dia a dia de um blog. Se você tem blog – e, quando digo blog, quero dizer “um blog que gera conteúdo” – sabe disso tão bem quanto eu. Acessos, visitantes, pageviews, prêmios… Tudo isso é importante, mas os comentários recebidos em cada postagem, são vitais.”

São os comentários que estimulam as pessoas aqui do blog a escreverem mais e a se dedicarem mais. Sem os comentários, o blog não é nada! 

Comentários significam participação, debate, troca de idéias entre o blogueiro e o leitor! Então…

                   


Como as pessoas percebem Curitiba?

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Trezentos e dezenove anos, 434 quilômetros quadrados, 75 bairros com quase um 1,8 milhão de habitantes. A maior cidade do Sul do Brasil tem diversos monumentos históricos e modernos de onde é possível vê-la em variados ângulos. Cada pessoa tem um ponto de vista diferente, de acordo com a profissão, características pessoais ou com o lugar onde está. É o caso dos cinco personagens que aceitaram nos contar, no especial de Curitiba, sobre como eles enxergam e percebem a capital paranaense.

Privilégio de cenário a partir da caixa d’água

Passar a noite no local de trabalho pode parecer entediante quando falta distração. Para os funcionários do Reservatório Cajuru, entretanto, esse tipo de escala de trabalho rende boas histórias. Isso porque, no local, está a famosa caixa d’água do bairro Alto da XV, um dos pontos de Curitiba com a melhor vista da cidade e da região metropolitana. Incluída no projeto para ser um dos quatro reservatórios de abastecimento de água da capital na metade do século 20, a caixa d’água tem 26 metros de altura. A construção dela foi finalizada na década de 1940.

A vista privilegiada é um prato cheio para o funcionário da Sanepar e geógrafo Ceslau Elias Makovski, 42 anos. Há 17 anos ele trabalha no local e não esconde a paixão profissional e pessoal de subir no alto da caixa d’água e admirar a vista, em especial o contraste que ela pode causar. “De um lado (vista de Pinhais) vemos a Serra do Mar preservada e, do outro (Centro de Curitiba), um paredão de concreto. Em minhas aulas, quando eu podia trazer os alunos aqui, mostrava os pontos da cidade e explicava por que ela foi construída dessa maneira”, comenta.

Urbanismo

Makovski se refere ao pla­­­­no urbanístico da cidade, o Plano Agache, idealizado pe­­­­lo arquiteto e urbanista francês Alfredo Agache. Executado no início da década de 1940, o projeto orientou o poder público até 1958 e deixou marcas visíveis. A construção de grandes edifícios na cidade segue, até hoje, parte dos moldes do plano, com prédios em torno das principais avenidas que ligam o Centro aos bairros, como a República Argentina e João Gualberto.

Filmagens

Com quase duas décadas de trabalho no local, Makovski já viu novela ser filmada nos arredores da caixa d’água, acidentes de trânsito e confusões, em especial no réveillon. O lugar fica lotado de pessoas que conseguem subir lá, no dia 31 de dezembro, à espera da virada do ano. Essas pessoas são privilegiadas, pois só sobem a convite. “Alguns até tentam entrar no terreno do reservatório para ir à caixa d’água e ver os fogos”, conta. Por questão de segurança, o local não é aberto à visitação e os funcionários impedem as pessoas de atravessarem o portão. “A vista é só nossa”, brinca.

Fonte: Gazeta do Povo


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E você, o que está esperando?


Nota

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“Birds have wings; they’re free; they can fly where they want when they want. They have the kind of mobility many people envy.”

Roger Tory Peterson


Nota

To the women…

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“Women are like tricks by sleight of hand, which to admire, we should not understand.”

WILLIAM CONGREVE

Happy international women’s day!


Uma trilha sonora para a sua viagem

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Enquanto você está viajando de cidade a cidade, passando incontáveis horas no trem, ônibus ou avião, você tem que ter uma playlist de músicas as quais você irá ouvir como um ritual em cada viagem que fizer. Há uma canção para cada ocasião. Filmes tem trilhas sonoras para acompanhá-los e, consequentemente, intensificar cada emoção das cenas. Então, por que viagens não podem ter uma trilha sonora também?

 Aqui embaixo segue uma lista com 10 músicas que não podem faltar na sua viagem:

1 – Beautiful Day, U2

2 – It’s My Life, Bon Jovi

3 – Whatever, Oasis

4 – Flourescent Adolescent, Arctic Monkeys

5 – All The Small Things, Blink 182

6 – Death Cab For Cutie, I Will Possess Your Heart

7 – Supermassive Black Hole, Muse

8 – Joy Ride, The Killers

9 – Can’t Stop Feeling, Franz Ferdinand

10 – Machu Picchu, The Strokes


A soundtrack for your journey

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While you’re traveling from city to city, spending countless hours on the train, bus or plane, you have to have a regular playlist of songs which you’ll listen as a ritual on every trip you’ll make. There is a song for every occasion. Movies have music soundtracks to accompany them in order to help intensify emotions and enhance meaning to particular scenes. Why shouldn’t your travels have one too?

So, here’s a top 10 songs for you to listen in your journeys

1 – Beautiful Day, U2

2 – It’s My Life, Bon Jovi

3 – Whatever, Oasis

4 – Flourescent Adolescent, Arctic Monkeys

5 – All The Small Things, Blink 182

6 – Death Cab For Cutie, I Will Possess Your Heart

7 – Supermassive Black Hole, Muse

8 – Joy Ride, The Killers

9 – Can’t Stop Feeling, Franz Ferdinand

10 – Machu Picchu, The Strokes

 


open arms

 

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Though we travel the world over to find the beautiful, we must carry it with us or we find it not.

Ralph Waldo Emerson 

traveling

“To travel is to discover that everyone is wrong about other countries.”
Aldous Huxley


To travel is to care about others

“Caring about others, running the risk of feeling, and leaving an impact on people, brings happiness.”

Harold Kushner


Porque… é primavera….

*Por Paulo Monteiro

              Porque…. é primavera….salve Tim Maia, é primavera! Não me refiro a estaçao que já esta na metade no Brasil, mas sim a La Primavera de Ixcán, comunidade situada nas proximidades da fronteira com o Mexico.

            Em função do meu trabalho visito comunidades no interior e Primavera sempre está no roteiro. São 14 horas de viagem. Até metade do caminho é tranquilo mas depois… é sempre um ponto de interrogação. Estradas elameadas, horários incertos e transporte, digamos, alternativo e coletivo, ou melhor, super-coletivo, compartilhado por diferentes mamíferos (incluindo humanos) e aves. Lembra daquela aula de física em que o professor explicava que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço? Diziam isso porque nunca viajaram por essas bandas.

            A comunidade de Primavera é um dos lugares mais especias por onde andei, sem exageros. Não apenas por suas belezas naturais ou atrativos, mas por sua história e sua gente. A Guatemala viveu de1954 a1996 um forte periodo de ditadura militar, repleta de conflitos. Os anos oitenta foram os piores, com verdadeiros genocídios cometidos pelo exército apoiado pelos nobre$ intere$$e$ dos Estados Unidos. Muitas famílias tiveram que deixar suas terras. Calcula-se que foram mais de 200 mil refugiados no Mexico.

            Algumas famílias resistiram e permaneceram em territorio nacional, escondendo-se no coração das florestas. Uns se escondiam antes da chegada dos soldados, outros eram crianças e anciões que haviam sobrevivido aos massacres. Infelizmente, muitas vezes, nem eles, nem mulheres, nem mesmo as grávidas eram poupadas das atrocidades. Queimar pessoas em público era uma das políticas do terror. Trocar uma das filhas – para a “diversão” dos soldados – pela vida do resto da familia, também.

            No início, era uma fuga para salvar vidas, depois, foram organizados acampamentos improvisados ajudados pela guerrilha libertadora. Segundo contam, apesar das rudes condições, – intempéries e escassez de alimentos –  foram capazes de manter a normalidade social. Nas escolas, os cadernos eram pedaços de tábuas e os lápis eram carvão. O campo de futebol tinha cerca de oito árvores no meio (para nao ser visto pelos aviões que patrulhavam a área) e os cultos religiosos reforçavam o espírito de luta ao ar livre.

            Tudo era compartilhado; direitos e deveres. Aprenderam a comer folhas, flores, raizes, inseto. Muitas vezes tinham que fugir com aquilo que podiam levar nas mãos pois alguma patrulha do exército havia os encontrado, como me contou Dueña Angela em uma de minhas visitas durante o almoço em sua casa: “Havia acabado de dar a luz e só deu tempo de colocar o minha “nena” em um moral (tipo de bolsa artesanal) e vupt… Foram 14 horas de marcha, e quando chegamos, ela ainda estaba viva”. A “nena”, hoje com 22 anos, servia-me um pouco mais de café com um sorriso no rosto.

            E é com um sorriso no rosto que levam a vida atualmente. A resistência os fortaleceu, hoje, Primavera é uma comunidade única na Guatemala. Apesar das extremas condições de pobreza e do descaso do governo, seguem adiante com verdadeiro espírito de cooperação enquanto em tantas outras comunidades a desconfiança e o individualismo – marcas da atmosfera vivida pelo conflito – ainda imperam.

             No último dia 20 foi celebrado o dia da revolução na Guatemala e a comunidade organizou uma atividade cultural. O grupo de jovens apresentou um teatro bem engraçado: “Viva a la revolución”.  Coincidentemente ou não, era meu aniversário e foi uma verdadeira benção poder comemorar a data com eles. Na comunidade, trabalho com os profesores. Organizo workshops em que o aprendizado é mutuo, até porque seria muita pretensão querer assumir o papel de “ensinador” diante de pessoas que são verdadeiras lições de vida. Com o grupo de jovens alterno atividades de integração e teatro. É o melhor grupo com o qual já trabalhei. São receptivos e participativos. Para a galera que trabalha com  recreação, “andar de trem”, “tchetchecole”,  “merekete” e “ahamsamsam” são um sucesso. Também dou uma força em atividades culturais como o Festival do Meio Ambiente – já em seu 3º ano.

            E assim seguem meus dias na Guatemala. Pelo menos mais um ano inteiro de contrato por aqui. Certamente fico até 21 de dezembro de 2012 para celebrar o fim do 13º e último baktun – um ciclo completo do calendário maya de “cuenta larga” (mais ou menos 5.200 anos). Fim do mundo??? Prefiro chamar de recomeço. Fim, quem sabe, para aqueles que seguem na ignorância de “depositar” conquistas e realizações apenas em coisas materiais.

            Sim, é preciso um pouquinho de força de vontade para soltar as amarras do ego e do orgulho humano e, enfim, alçar voos mais altos. Mas para quem pretende dar um passo adiante, este é o caminho. A energia e o chamado estão no ar.

*Paulo Monteiro é brasileiro membro da grande família humana. Ex-profissional de recreação e entretenimento em cruzeiros, experiencia que proporcionou-lhe visitar mais de 40 países entre contratos a bordo e “mochilagens”. Atualmente é membro da ONG CasaSito trabalhando temas de educação em comunidades rurais e organizando festivais de arte, música e esportes para crianças menos favorecidas.

 

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Garota eu vou para Califórnia…

*Por Tatiana Nicz

Enfim, férias. Com elas, momentos para descansar a mente, mudar o corpo de lugar, experimentar novos gostos, cheiros e inundar o espírito de recordações. Para viver tudo isso, dessa vez escolhi a costa oeste americana.

Quando meu irmão se mudou para San Diego prometi um dia visitá-lo. Promessa é dívida; comecei então a pensar num roteiro. Tracei um percurso diferente; ao invés de focar nos pontos turísticos da tradicional rota Los Angeles – São Francisco, aproveitei a companhia das pessoas queridas que cruzaram meu caminho. Claro que o convencional também entrou na programação, mas o principal e grande diferencial da viagem foram mesmo as pessoas.

Começando, obviamente, pela hospitalidade do meu querido irmão Igor e sua namorada Elle, passei uma semana na ensolarada San Diego, uma cidade grande e espalhada, com muita praia e pessoas se exercitando. Vale a pena alugar uma bicicleta para percorrer as belíssimas praias de Ocean, Pacific e La Jolla. Visitar o Zoológico de San Diego, famoso mundialmente, é também um ótimo programa.

Seguindo para Los Angeles – uma parada rápida pela capital americana das estrelas – , uma cidade um pouco intimidante, enorme e espalhada, chega a ser um pouco hostil. Os pontos fortes ficam entre as badaladas Venice beach e Santa Mônica, além do Getty Center, um museu enorme no alto de uma colina com uma vista linda da cidade.

Não, não peguei a Highway 1 que liga Los Angeles a São Francisco. No roteiro estava prevista uma viagem de trem – o Coast Starlight – que percorre toda a costa oeste e proporciona visuais de tirar o fôlego, uma ótima opção para os que viajam sozinhos. Nesse trecho, porém, ao invés do trem resolvi aproveitar a carona de uma amiga muito querida, Gabriela, e o marido, que em uma dessas coincidências que a vida proporciona, voltavam no mesmo dia de Los Angeles para São Francisco, onde moram. Pegamos a Freeway 5 e passamos a viagem toda colocando o papo em dia.

São Francisco. Ah, São Francisco! Imperdível, linda, aconchegante, vibrante, colorida. Vale percorrer e perder-se pelas ruas da cidade, caminhar pelos seus guetos. O que mais marcou: a ilha de Alcatraz e o áudio tour da famosa prisão que proporciona uma visita tão vívida que chega a arrepiar. O famoso passeio de bicicleta de São Francisco a Sausalito passando pela Golden Bridge, a famosa e colorida ponte.

Bom, depois da Califórnia resolvi esticar até Portland e Seattle, mas dessas aventuras eu conto um pouco mais no próximo post.

* Tatiana Nicz que continua Califórnia dreamin´

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Montanhismo na Serra da Baitaca

*Por Marumby Montanhismo

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Quem chega em Curitiba e olha ao leste – quando a nebulosidade característica da região permite – vislumbra no horizonte, a Serra do Mar Paranaense.

Em primeiro plano, mais próximo à capital, está a Serra da Baitaca, no município vizinho de Quatro Barras, sendo seu ponto culminante o Anhangava, considerado um dos melhores Campo Escola de Montanha do Brasil para a iniciação ao montanhismo. Os significados do nome desta montanha na cultura guarani relacionam-se com o Anhanga; entidade das mudanças bruscas, local de brincadeira e também, como difundido pelos cristãos, Morada do Diabo.

O Anhangava localiza-se no Distrito da Borda do Campo a 35Km de Curitiba e é um ótimo local para quem quer iniciar-se no montanhismo e para os praticantes da escalada em rocha que aproveitam diferentes graus de dificuldade e diversas técnicas que as formações rochosas do granito proporcionam – agarras, aderências, fendas, fissuras, chaminés, oposições, diedros e tetos. Quem frequenta o Anhangava, em meio à transição da Floresta de Araucárias e a Floresta Atlântica têm o privilégio de contemplar a natureza e a cultura da vida ao ar livre somadas a paisagens de tirar o fôlego.

A trilha para se chegar ao cume da montanha possui em torno de 5Km de extensão, é realizada em até duas horas de caminhada, tendo um desnível de subida equivalente a580 metros- desde a base até o cume – com uma intensidade de esforço físico significativa e vários pontos de descanso e contemplação.

A região do Anhangava é um dos marcos para a colonização dos campos de Curitiba por conta do caminho histórico do Itupava que liga o litoral ao planalto. Há aproximadamente cem anos ocorre a extração do granito, rocha predominante que serviu para abastecer Curitiba nos calçamentos e construções. As famílias que se estabilizaram nesta região – em sua maioria de descendência italiana – trouxeram técnicas e conhecimento de cantaria que significa dar forma às rochas resultando em cantos.

Quanto aos registros do montanhismo, não se sabe ao certo quem subiu pela primeira vez a Montanha, mas provavelmente tenham sido os indígenas que habitavam a região. Com a chegada da civilização registraram-se as primeiras inscrições na Caverna do Urubu – próxima à metade da trilha de subida da Montanha – que datam do século XVIII. Em 1943 foi registrada pelo Círculo dos Marumbinistas de Curitiba, a primeira ascensão, realizada pelo montanhista Rudolfo Stamm, um de seus principais guias. Em 1946 começaram a aparecer as primeiras vias de escalada. Um grupo de Marumbinistas escalou algumas fendas e encontrou, próximo à Curitiba, um ótimo Campo Escola para treinar e se aperfeiçoar para escaladas do Marumbi – considerado o marco de início do Montanhismo do Brasil, escalado desde 1879.

Boa parte deste primeiro plano serrano faz parte de uma Unidade de Conservação, o Parque Estadual da Serra da Baitaca, que, embora tenha sido decretado como unidade de conservação em 05/06/02, até o momento está apenas no papel, necessitando de regularização fundiária, plano de manejo e um centro de visitantes. Hoje temos um trailer como receptivo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em um dos três acessos ao Parque, via Borda do Campo. O trailer atende o Anhangava e o Caminho do Itupava – que segue para o Parque Estadual do Pico Marumbi. Muitos voluntários anônimos relacionados às Associações locais de Moradores, à Federação Paranaense de Montanhismo e ao Conselho Consultivo do Parque prestam apoio na manutenção das trilhas e à gestão do IAP em geral.

Para chegar ao centro de visitantes que dá acesso ao Anhangava e ao Itupava há placas indicativas desde a área central de Quatro Barras – com acesso via BR 116 sentido São Paulo. Ao lado da Prefeitura Municipal de Quatro Barras existe um centro de informações turísticas, aberto durante a semana em horário comercial e aos sábados, domingos e feriados, das 9 às 14h. Mapas do município e dos atrativos turísticos, listagem dos empreendimentos e empresas que oferecem serviços de guia podem ser consultados nos links:

http://www.quatrobarrasparana.com.br/index.php?area=mapaLocalizacao

http://www.quatrobarrasparana.com.br/index.php?area=turismo

*Texto produzido pela Marumby Montanhismo – empresa sediada na Borda do Campo, Quatro Barras/PR – que oferece capacitações em iniciação ao montanhismo e escalada em rocha bem como atividades turísticas como o Dia de Montanha e o Dia de Escalada.


Goethe

“Apenas é digno da vida aquele que todos os dias parte para ela em combate.”
( JOHANN WOLFGANG VON GOETHE)

 

 

 


Calmaria


“… Dias inteiros de calmaria, noites de ardentia, dedos no leme e olhos no horizonte, descobri a alegria de transformar distâncias em tempo. Um tempo em que aprendi a entender as coisas do mar, a conversar com as grandes ondas e não discutir com o mau tempo. A transformar o medo em respeito, o respeito em confiança. Descobri como é bom chegar quando se tem paciência. E para se chegar, onde quer que seja, aprendi que não é preciso dominar a força, mas a razão. É preciso, antes de mais nada querer.”

Amyr Klink


Imagem da semana

Heliconia (Heliconia rostrata) foto: Priscila Forone

“Instead of bringing back 1600 plants, we might return from our journeys with a collection of small unfêted but life-enhancing thoughts.”

— Alain de Botton (The Art of Travel)

“Ao invés de voltarmos com 1600 plantas, devemos retornar de nossas jornadas com uma coleção de pensamentos pequenos, porém transformadores.”

— Alain de Botton (A Arte de Viajar)




*FLY WITH GONDWANA BRASIL ECOTURISMO*

“Traveling is a brutality. It forces you to trust strangers and to lose sight of all that familiar comfort of home and friends. You are constantly off balance. Nothing is yours except the essential things – air, sleep, dreams, the sea, the sky – all things tending towards the eternal or what we imagine of it.”

–  Cesare Pavese


Ilhas Desconhecidas

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*Por Contardo Calligaris

O amor e a viagem nos fazem descobrir que há algo, em nós, que não conhecíamos até então

Encontrei a melhor definição do que é viajar numa maravilhosa e breve fábula de José Saramago, que acaba de ser publicada, “O Conto da Ilha Desconhecida” (Companhia das Letras). O protagonista explica assim seu desejo: “Quero encontrar a ilha desconhecida. Quero saber quem eu sou quando nela estiver”.

Viajar é isto: deslocar-se para um lugar onde possamos descobrir que há, em nós, algo que não conhecíamos até então. Sem estragar o prazer dos leitores, só direi que, no fim da fábula de Saramago, talvez o protagonista não encontre sua ilha, mas ele encontra uma mulher. A moral da história é incerta, entre duas leituras opostas.

Primeira leitura: quem casa não viaja (a não ser de férias); casar-se é desistir de viajar. É o que pensam, com freqüência, homens e mulheres casados. E é também o que os leva, às vezes, a se separarem. Quando achamos que o outro nos impede de viajar, ou seja, que ele nos priva da aventura de descobrir o que poderia haver de diferente em nós, o casal se torna nosso inimigo. Claro, na maioria dos casos, acusamos o casal de uma inércia que é só nossa.

Segunda leitura: o protagonista descobre que a mulher ao seu lado é a própria ilha desconhecida que ele procurava e que a verdadeira viagem é o encontro com um outro amado. Faz todo sentido, pois o amor e a viagem, em princípio, têm isto em comum: ambos nos fazem descobrir em nós algo que não estava lá antes. O outro amado nos transforma. Tanto quanto a chegada numa terra incógnita, ele nos revela algo inesperado em nós.

Por isso, aliás, o viajante e o amante podem esbarrar em problemas análogos: às vezes, ao sermos transformados pela viagem ou pelo amor, não gostamos do que encontramos, não gostamos dos efeitos em nós do amor ou da viagem. Essa é, em geral, a única razão séria para se separar ou para voltar da viagem.

Moral dessa coluna (e talvez da fábula de Saramago): os outros não são nenhum inferno, são uma viagem. Agora, para amar, como para viajar, é preciso ter determinação e coragem.

*Contardo Calligaris é um psicanalista italiano radicado no  Brasil. É colunista da Folha de São Paulo.


A Verdadeira Arte de Viajar

foto: Tatiana Nicz

 

“A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali… Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!”

Mario Quintana


Os números de 2010

Os duendes das estatísticas do WordPress.com analisaram o desempenho deste blog em 2010 e apresentam-lhe aqui um resumo de alto nível da saúde do seu blog:

Healthy blog!

O Blog-Health-o-Meter™ indica: Este blog é fantástico!.

Números apetitosos

Imagem de destaque

Um Boeing 747-400 transporta 416 passageiros. Este blog foi visitado cerca de 1,600 vezes em 2010. Ou seja, cerca de 4 747s cheios.

In 2010, there were 30 new posts, not bad for the first year! Em 2010, foram 30 novos posts, nada mal para o primeiro ano! Fez upload de 145 imagens, ocupando um total de 92mb. Isso equivale a cerca de 3 imagens por semana.

O dia mais visitado foi 1 de dezembro com 48 visitas. O artigo mais popular foi Amazônia – RDS Amanã.

De onde vieram?

Os sites que mais tráfego lhe enviaram em 2010 foram facebook.com, twitter.com, gondwanabrasil.com.br, mail.live.com e kuritbike.com

Alguns visitantes vieram dos motores de busca, sobretudo por paisagens naturais, paisagem natural, abundancia de agua, mata e cachoeiras

Atrações em 2010

Estes são os artigos e páginas mais visitados em 2010.

1

Amazônia – RDS Amanã novembro, 2010
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2

Colaboradores junho, 2010

3

A democracia da aventura agosto, 2010
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4

Você é o que você viaja novembro, 2010
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5

Negócios com muita inspiração! setembro, 2010
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DESEJAMOS A TODOS BOAS FESTAS, UM MERECIDO DESCANSO E UM 2011 COM MUITA LIBERDADE!

foto: Camila Barp

Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e pântano enganoso das bocas. A partir deste instante, a liberdade será algo vivo e transparente, como um fogo ou um rio ou como a semente de trigo, e a sua morada será sempre o coração do homem.

trechos de “Os estatutos do homen” por Thiago de Mello